A limpeza do rio paulista deverá custar R$ 84 milhões
A artéria suja que corta São Paulo pode ser recuperada?
Da Redação - Revista da Semana - 03/09/2007
Um rio limpo, com águas claras e peixes. Assim será o rio Pinheiros, que corta São Paulo, segundo a promessa de Antônio Bolognese, diretor da Empresa Metropolitana de Águas e Energias, em entrevista ao SPTV, da TV Globo.
O processo para despoluir o rio - conhecido como flotação - está previsto para começar na sexta-feira, 31. Nos primeiros seis meses serão feitos testes em cinco quilômetros. Se o método der certo - como aconteceu com o Piscinão de Ramos, no Rio -, será aplicado no resto do braço fluvial.
Por meio da flotação, produtos químicos aglutinam a poluição no fundo do rio. Depois, pequenas bolhas de ar são injetadas, fazendo a sujeira, em forma de lodo, boiar. Os flocos são retirados com dragas - serão 350 toneladas por dia.
Se der certo, a água voltará a ser bombeada para a represa Billings para abastecer a população. O gasto previsto é de R$ 84 milhões. A flotação é comum em piscinas, mas nunca foi usada em larga escala. Alguns ambientalistas dizem que a água não ficará potável.
A recuperação remete a dois rios europeus renascidos com apoio da tecnologia, o Reno e o Tâmisa.
EXEMPLOS DE FORA
Reno - "A cloaca da Europa" começou ser limpa em 1989. Com as estações de tratamento de água, 63 espécies de peixes, das 64 que povoavam o rio, já voltaram, diz a agência Deutsche Welle.
Tâmisa - Em 1858, as sessões do Parlamento britânico foram suspensas pelo mau cheiro do rio. Com a captação de dejetos e as estações de tratamento, voltou a ter salmões, diz a BBC.
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