terça-feira, 24 de maio de 2011

Hoje consegui um grande feito!

Consegui influenciar a adoção de tinta verde - ecológica para a produção do Midia Dados - a edição deste ano, que contará com mais de 700 páginas e 5 mil exemplares (quase 4 milhões de páginas) serão impressas com tinta ecológica e papel certificado!

Aleluia!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Projeto Aguas Claras do Rio Pinheiros

Exitem muitas pessoas e empresas que querem salvar o Rio Pinheiros. Vejam esse projeto:

http://aguasclarasdoriopinheiros.org.br/expedicao/upload/

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Limpeza do Rio Reno custou US15 bilhões

O rio Reno, que nasce na Suíça e deságua no Mar do Norte, era um dos mais poluídos da Europa. Um esforço conjunto da iniciativa privada e dos governos dos países banhados pelo rio conseguiu limpar o Reno.

Não faz muito tempo que o rio Reno era chamado de "cloaca" da Europa. Quem ficava às suas margens não precisava de muita imaginação para entender o apelido: o Reno era um rio morto, de águas sujas e mal-cheirosas.

Várias empresas químicas de grande porte como Sandoz, Ciba e Basf jogavam seus dejetos diretamente no rio, que também passa por várias zonas industriais ao longo de seus mais de 1,3 mil quilômetros de extensão.

Hoje, a coisa mudou: a vida voltou ao Reno, que agora é considerado oficialmente um rio limpo. Este é o fruto de 20 anos de trabalho e de uma cooperação entre os seis países banhados pelo rio, entre eles França, Alemanha, Suiça e Holanda.

A doutora Anne Schulte-Wülwer-Leidig, vice-diretora da Comissão Internacional para a Proteção do Reno, lembra que um acidente grave na fábrica da multinacional suíça Sandoz, que poluiu o rio em 1986, foi a gota d'água que faltava para que a limpeza do Reno fosse levada a sério.

"O acidente alertou as autoridades e a opinião pública para os problemas do rio", disse a cientista. Na época, o Reno foi contaminado com 20 toneladas de um pesticida altamente tóxico.

Mais de US$ 15 bilhões foram investidos pelos governos e pela iniciativa privada desde 1989 na construção de estações de tratamento de água e de monitoramento ao longo do rio. Deu certo: agora, pode-se ver até gente pescando no Reno, o que era impossível dez anos atrás.

Das 64 espécies de peixes que povoavam o Reno antes da poluição, 63 já voltaram ao rio. Só falta um peixe voltar, o estrujão. A conscientização das empresas, principalmente da indústria química, foi vital para a recuperação do rio.

Hartmut Skalicki, que é responsável pelo meio ambiente na Associação Alemã da Indústria Química, diz que não foi a lei, mas sim a pressão da opinião pública que levou as empresas a investir na despoluição do rio.

Primeiro, foram construídas estações de tratamento, depois, sistemas de emergência para evitar que o rio seja poluído por acidentes. Hoje em dia, cerca de 95% dos esgotos das empresas são tratados.

Agora, só falta reduzir a quantidade de pesticida absorvida pelo rio, que vem da agricultura. De qualquer modo, a limpeza do Reno já é considerada um dos maiores sucessos da ecologia da Europa.

Marcelo Crescenti de Mainz, BBC

O que precisa ser feito?

Para Peter Spillett, diretor de Meio Ambiente, Qualidade e Sustentabilidade da Thames Water, a empresa de saneamento de Londres, o Rio Tietê precisa de um novo sistema de esgoto."São Paulo precisa de um sistema coletor que intercepte todo o esgoto que é lançado no rio e o leve para estações de tratamento. É uma solução de longo prazo e bastante cara. Então, há muitas questões políticas que dificultam isso."

Spillett confirma as previsões dos especialistas brasileiros e diz que, com a construção de uma infra-estrutura moderna de coleta e tratamento de esgoto, o processo de despoluição do rio vai durar mais de dez anos – ou cerca de três mandatos políticos.

As dificuldades de se articular um programa eficiente de longo prazo como este são evidentes. Como isso foi resolvido em Londres?

"O Tâmisa teve o respaldo de vários períodos de investimentos pesados, seguidos por outros menos generosos. Essa infra-estrutura já existente acelerou a limpeza dele a partir da década de 1950", explica Spillett.

Outro fato que facilitou a despoluição do Tâmisa, esse impossível de ser copiado no Brasil, foi o fato de ele ser um rio que deságua diretamente no mar e, por isso, sofrer influência direta das marés.

"O efeito contínuo das marés sobre o Tâmisa é como uma descarga, que acaba levando a sujeira para o mar. Assim, uma vez interrompido o lançamento de dejetos, a natureza fez o resto."

No Tietê e no Pinheiros, Spillet prevê ainda a necessidade de dragagem em vários pontos para retirar camadas de resíduos que se depositaram no fundo do rio durante as décadas de poluição acelerada.

O que estão fazendo - Rio Tietê

Mantovani diz que "O projeto é principalmente para acabar com as doenças hoje transmitidas pelo rio", afirma.

A construção de um emissário de esgotos entre os bairros de Pinheiros e Vila Leopoldina, com 7,5 quilômetros de extensão, fez com que 84 toneladas de esgotos deixassem de ser lançadas diariamente no Rio Pinheiros, um dos principais afluentes do Tietê, volume equivalente ao esgoto gerado pela população de uma cidade como Salvador.

O Programa de Despoluição da Bacia do Alto do Tietê é considerado um dos projetos de despoluição em curso mais ambiciosos do mundo, pela dimensão do problema e pelo prazo relativamente curto, de apenas 20 anos.

O projeto está avaliado em US$ 2,6 bilhões, dos quais US$ 1bilhão já foram gastos na primeira etapa, que começou em 1992. Outros US$ 400 milhões serão gastos na segunda fase, em execução atualmente com prazo de conclusão em 2005.

"Aí termina o financiamento do BID e começam as dificuldades porque dependemos das prefeituras de várias cidades da Região Metropolitana que não tratam seus esgotos", diz o secretário.

Ao fim desta segunda fase, o volume de esgoto tratado na região metropolitana deve aumentar de 62% para 70% do total, enquanto o índice de coleta de esgoto na região deve crescer de 80% para 84%.

Com isso, 300 milhões de litros de esgoto deixarão de ser despejados diariamento na Bacia do Alto Tietê e 1,2 milhão de pessoas serão beneficiadas com coleta de esgoto.

Há oito anos, apenas 24% do esgoto eram tratados antes de serem jogados no rio. O sucesso nos primeiros anos do programa levou o BID a conceder ao Projeto Tietê, em 1999, o título de programa de saneamento mais bem gerenciado do mundo.

A mancha de poluição, que em meados dos anos 90 se estendia por 250 quilômetros a partir da capital, já recuou 100 quilômetros. Isso significa que os peixes já estão voltando ao rio em trechos cada vez mais próximos de São Paulo.

Mas a situação do Tietê está longe de ser uma experiência única no Brasil: 93% dos rios brasileiros recebem esgotos sem tratamento. "No Brasil, os rios sempre foram vistos como aquilo que levava a sujeira embora, enquanto nas cidades européias, mais antigas, o rio era a fonte de comunicação", diz Mantovani.

É na saúde pública, diz Mantovani, que se verá o principal benefício da despoluição do rio. A canalização e tratamento de esgoto doméstico vai beneficiar milhões de pessoas que hoje vivem próximo de córregos que se tornaram valas de esgoto a céu aberto.

Mas o tratamento do esgoto também não é tudo. Cerca de 35% da poluição acumulada na Bacia do Rio Tietê não vêm de redes de esgotos, mas do lixo jogado nas ruas, que acaba no rio junto com as águas dos afluentes. São toneladas de sacolas plásticas, garrafas e qualquer outro material industrializado.

A Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) calcula que, se a situação não mudar, em 2015 esse lixo vai representar dois terços da sujeira jogada na Bacia do Tietê.

Desde 2002, já foram retirados de dentro do rio mais de 80 mil pneus e 11 mil toneladas de lixo e detritos. O aprofundamento do leito também pode tornar o rio mais veloz, o que facilita a oxigenação da água.

Despoluição do Tâmisa levou mais de 20 anos

Não temos tantos anos assim...

Dos tempos do 'Grande Fedor' – como o Tâmisa ficou conhecido em 1858, quando as sessões do Parlamento foram suspensas por causa do mau cheiro – até hoje, foram quase 150 anos de investimento na despoluição das águas do rio que cruza a cidade de Londres.

Bilhões de libras mais tarde, remadores, velejadores e até pescadores voltaram a usar o Tâmisa, que hoje registra 121 espécies de peixe em suas águas.

Se a poluição começou ainda nos idos de 1610, quando a água do rio deixou de ser considerada potável, a despoluição só foi começar a partir de meados do século 19, na época em que o rio conquistou a infame alcunha com o seu mau cheiro.

A decisão de construir um sistema de captação de esgotos também deve muito às epidemias de cólera das décadas de 1850 e 1860.

A infra-estrutura construída então continua até hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das várias melhorias ao longo dos anos.

Na época, os engenheiros criaram um sistema que simplesmente captava os dejetos produzidos na região metropolitana de Londres e os despejava no Tâmisa outra vez, quilômetros abaixo.

Na época, a solução funcionou perfeitamente, e o rio voltou a se recuperar por alguns anos.

No entanto, com o crescimento da população, a mancha de esgoto foi subindo o Tâmisa e, por volta de 1950, o rio estava, mais uma vez, biologicamente morto.

Foi então que as primeiras estações de tratamento de esgoto da cidade foram construídas.

Volta do salmão

Vinte anos depois, em meados da década de 1970, o primeiro salmão – um peixe conhecidamente sensível à poluição – em décadas foi flagrado no Tâmisa.

Hoje, encontrar salmões no rio não causa mais nenhum espanto, mas ainda assim, a Thames Water, a empresa de saneamento de Londres, continua investindo pesado no sistema de esgoto.

"Desde 1989, quando a empresa foi privatizada, investimos mais de 1 bilhão de libras esterlinas (cerca de R$ 5 bilhões)", afirma Peter Spillett, diretor de Meio Ambiente, Qualidade e Sustentabilidade da Thames Water.

Com a credencial de responsável por um rio que há poucas décadas era tido como morto e hoje voltou a abrigar centenas de espécies, Spillett foi pessoalmente a São Paulo dar palestras sobre despoluição e conheceu o Tietê de perto.

"Essencialmente, o Tietê é muito poluído porque não há controle eficiente dos dejetos industriais e domésticos. Você tem montes de efluentes lançados nesse rio relativamente pequeno e, daí, ele está biologicamente morto."


Eric Brücher Camara, BBC

Empresas patrocinam ou apoiam o Pomar Urbano

Companhia Auxiliar de Viação e Obras – CAVO,
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA, Credicard S.A. Administradora de Cartões de Crédito, Eletropaulo, Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE,
Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica – EPTE, Fibra S.A.,
Johnson & Johnson Indústria e Comércio,
Natura Cosméticos e Universidade Paulista – UNIP e apoio do Jornal da Tarde.

Bioplan,
Braskem,
Bunge Fertilizantes - Adubos Manah,
CAVO – Companhia Auxiliar de Viação e Obras,
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental,
COSIPA – Companhia Siderúrgica Paulista,
CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos,
Credicard Citi,
CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista,
DT Engenharia, Eletropaulo,
EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia,
Johnson & Johnson Indústria e Comercio,
Jornal da Tarde,
Mantecorp – Indústria Química e Farmacêutica,
Mapfre Seguros, Natura Cosméticos,
Pazetto Events Consulting,
Pinheiro Neto Advogados,
Rádio Eldorado,
Rede Globo,
Suzano Papel e Celulose S.A. e
Tok & Stok.

Em outras fases do Pomar Urbano, ao longo do últimos oito anos, participaram ainda: Deutsche Bank,
Fibra,
Microsoft Informática,
Preservam e
Sansuy.