quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Limpeza do Rio Reno custou US15 bilhões

O rio Reno, que nasce na Suíça e deságua no Mar do Norte, era um dos mais poluídos da Europa. Um esforço conjunto da iniciativa privada e dos governos dos países banhados pelo rio conseguiu limpar o Reno.

Não faz muito tempo que o rio Reno era chamado de "cloaca" da Europa. Quem ficava às suas margens não precisava de muita imaginação para entender o apelido: o Reno era um rio morto, de águas sujas e mal-cheirosas.

Várias empresas químicas de grande porte como Sandoz, Ciba e Basf jogavam seus dejetos diretamente no rio, que também passa por várias zonas industriais ao longo de seus mais de 1,3 mil quilômetros de extensão.

Hoje, a coisa mudou: a vida voltou ao Reno, que agora é considerado oficialmente um rio limpo. Este é o fruto de 20 anos de trabalho e de uma cooperação entre os seis países banhados pelo rio, entre eles França, Alemanha, Suiça e Holanda.

A doutora Anne Schulte-Wülwer-Leidig, vice-diretora da Comissão Internacional para a Proteção do Reno, lembra que um acidente grave na fábrica da multinacional suíça Sandoz, que poluiu o rio em 1986, foi a gota d'água que faltava para que a limpeza do Reno fosse levada a sério.

"O acidente alertou as autoridades e a opinião pública para os problemas do rio", disse a cientista. Na época, o Reno foi contaminado com 20 toneladas de um pesticida altamente tóxico.

Mais de US$ 15 bilhões foram investidos pelos governos e pela iniciativa privada desde 1989 na construção de estações de tratamento de água e de monitoramento ao longo do rio. Deu certo: agora, pode-se ver até gente pescando no Reno, o que era impossível dez anos atrás.

Das 64 espécies de peixes que povoavam o Reno antes da poluição, 63 já voltaram ao rio. Só falta um peixe voltar, o estrujão. A conscientização das empresas, principalmente da indústria química, foi vital para a recuperação do rio.

Hartmut Skalicki, que é responsável pelo meio ambiente na Associação Alemã da Indústria Química, diz que não foi a lei, mas sim a pressão da opinião pública que levou as empresas a investir na despoluição do rio.

Primeiro, foram construídas estações de tratamento, depois, sistemas de emergência para evitar que o rio seja poluído por acidentes. Hoje em dia, cerca de 95% dos esgotos das empresas são tratados.

Agora, só falta reduzir a quantidade de pesticida absorvida pelo rio, que vem da agricultura. De qualquer modo, a limpeza do Reno já é considerada um dos maiores sucessos da ecologia da Europa.

Marcelo Crescenti de Mainz, BBC

O que precisa ser feito?

Para Peter Spillett, diretor de Meio Ambiente, Qualidade e Sustentabilidade da Thames Water, a empresa de saneamento de Londres, o Rio Tietê precisa de um novo sistema de esgoto."São Paulo precisa de um sistema coletor que intercepte todo o esgoto que é lançado no rio e o leve para estações de tratamento. É uma solução de longo prazo e bastante cara. Então, há muitas questões políticas que dificultam isso."

Spillett confirma as previsões dos especialistas brasileiros e diz que, com a construção de uma infra-estrutura moderna de coleta e tratamento de esgoto, o processo de despoluição do rio vai durar mais de dez anos – ou cerca de três mandatos políticos.

As dificuldades de se articular um programa eficiente de longo prazo como este são evidentes. Como isso foi resolvido em Londres?

"O Tâmisa teve o respaldo de vários períodos de investimentos pesados, seguidos por outros menos generosos. Essa infra-estrutura já existente acelerou a limpeza dele a partir da década de 1950", explica Spillett.

Outro fato que facilitou a despoluição do Tâmisa, esse impossível de ser copiado no Brasil, foi o fato de ele ser um rio que deságua diretamente no mar e, por isso, sofrer influência direta das marés.

"O efeito contínuo das marés sobre o Tâmisa é como uma descarga, que acaba levando a sujeira para o mar. Assim, uma vez interrompido o lançamento de dejetos, a natureza fez o resto."

No Tietê e no Pinheiros, Spillet prevê ainda a necessidade de dragagem em vários pontos para retirar camadas de resíduos que se depositaram no fundo do rio durante as décadas de poluição acelerada.

O que estão fazendo - Rio Tietê

Mantovani diz que "O projeto é principalmente para acabar com as doenças hoje transmitidas pelo rio", afirma.

A construção de um emissário de esgotos entre os bairros de Pinheiros e Vila Leopoldina, com 7,5 quilômetros de extensão, fez com que 84 toneladas de esgotos deixassem de ser lançadas diariamente no Rio Pinheiros, um dos principais afluentes do Tietê, volume equivalente ao esgoto gerado pela população de uma cidade como Salvador.

O Programa de Despoluição da Bacia do Alto do Tietê é considerado um dos projetos de despoluição em curso mais ambiciosos do mundo, pela dimensão do problema e pelo prazo relativamente curto, de apenas 20 anos.

O projeto está avaliado em US$ 2,6 bilhões, dos quais US$ 1bilhão já foram gastos na primeira etapa, que começou em 1992. Outros US$ 400 milhões serão gastos na segunda fase, em execução atualmente com prazo de conclusão em 2005.

"Aí termina o financiamento do BID e começam as dificuldades porque dependemos das prefeituras de várias cidades da Região Metropolitana que não tratam seus esgotos", diz o secretário.

Ao fim desta segunda fase, o volume de esgoto tratado na região metropolitana deve aumentar de 62% para 70% do total, enquanto o índice de coleta de esgoto na região deve crescer de 80% para 84%.

Com isso, 300 milhões de litros de esgoto deixarão de ser despejados diariamento na Bacia do Alto Tietê e 1,2 milhão de pessoas serão beneficiadas com coleta de esgoto.

Há oito anos, apenas 24% do esgoto eram tratados antes de serem jogados no rio. O sucesso nos primeiros anos do programa levou o BID a conceder ao Projeto Tietê, em 1999, o título de programa de saneamento mais bem gerenciado do mundo.

A mancha de poluição, que em meados dos anos 90 se estendia por 250 quilômetros a partir da capital, já recuou 100 quilômetros. Isso significa que os peixes já estão voltando ao rio em trechos cada vez mais próximos de São Paulo.

Mas a situação do Tietê está longe de ser uma experiência única no Brasil: 93% dos rios brasileiros recebem esgotos sem tratamento. "No Brasil, os rios sempre foram vistos como aquilo que levava a sujeira embora, enquanto nas cidades européias, mais antigas, o rio era a fonte de comunicação", diz Mantovani.

É na saúde pública, diz Mantovani, que se verá o principal benefício da despoluição do rio. A canalização e tratamento de esgoto doméstico vai beneficiar milhões de pessoas que hoje vivem próximo de córregos que se tornaram valas de esgoto a céu aberto.

Mas o tratamento do esgoto também não é tudo. Cerca de 35% da poluição acumulada na Bacia do Rio Tietê não vêm de redes de esgotos, mas do lixo jogado nas ruas, que acaba no rio junto com as águas dos afluentes. São toneladas de sacolas plásticas, garrafas e qualquer outro material industrializado.

A Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) calcula que, se a situação não mudar, em 2015 esse lixo vai representar dois terços da sujeira jogada na Bacia do Tietê.

Desde 2002, já foram retirados de dentro do rio mais de 80 mil pneus e 11 mil toneladas de lixo e detritos. O aprofundamento do leito também pode tornar o rio mais veloz, o que facilita a oxigenação da água.

Despoluição do Tâmisa levou mais de 20 anos

Não temos tantos anos assim...

Dos tempos do 'Grande Fedor' – como o Tâmisa ficou conhecido em 1858, quando as sessões do Parlamento foram suspensas por causa do mau cheiro – até hoje, foram quase 150 anos de investimento na despoluição das águas do rio que cruza a cidade de Londres.

Bilhões de libras mais tarde, remadores, velejadores e até pescadores voltaram a usar o Tâmisa, que hoje registra 121 espécies de peixe em suas águas.

Se a poluição começou ainda nos idos de 1610, quando a água do rio deixou de ser considerada potável, a despoluição só foi começar a partir de meados do século 19, na época em que o rio conquistou a infame alcunha com o seu mau cheiro.

A decisão de construir um sistema de captação de esgotos também deve muito às epidemias de cólera das décadas de 1850 e 1860.

A infra-estrutura construída então continua até hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das várias melhorias ao longo dos anos.

Na época, os engenheiros criaram um sistema que simplesmente captava os dejetos produzidos na região metropolitana de Londres e os despejava no Tâmisa outra vez, quilômetros abaixo.

Na época, a solução funcionou perfeitamente, e o rio voltou a se recuperar por alguns anos.

No entanto, com o crescimento da população, a mancha de esgoto foi subindo o Tâmisa e, por volta de 1950, o rio estava, mais uma vez, biologicamente morto.

Foi então que as primeiras estações de tratamento de esgoto da cidade foram construídas.

Volta do salmão

Vinte anos depois, em meados da década de 1970, o primeiro salmão – um peixe conhecidamente sensível à poluição – em décadas foi flagrado no Tâmisa.

Hoje, encontrar salmões no rio não causa mais nenhum espanto, mas ainda assim, a Thames Water, a empresa de saneamento de Londres, continua investindo pesado no sistema de esgoto.

"Desde 1989, quando a empresa foi privatizada, investimos mais de 1 bilhão de libras esterlinas (cerca de R$ 5 bilhões)", afirma Peter Spillett, diretor de Meio Ambiente, Qualidade e Sustentabilidade da Thames Water.

Com a credencial de responsável por um rio que há poucas décadas era tido como morto e hoje voltou a abrigar centenas de espécies, Spillett foi pessoalmente a São Paulo dar palestras sobre despoluição e conheceu o Tietê de perto.

"Essencialmente, o Tietê é muito poluído porque não há controle eficiente dos dejetos industriais e domésticos. Você tem montes de efluentes lançados nesse rio relativamente pequeno e, daí, ele está biologicamente morto."


Eric Brücher Camara, BBC

Empresas patrocinam ou apoiam o Pomar Urbano

Companhia Auxiliar de Viação e Obras – CAVO,
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA, Credicard S.A. Administradora de Cartões de Crédito, Eletropaulo, Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE,
Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica – EPTE, Fibra S.A.,
Johnson & Johnson Indústria e Comércio,
Natura Cosméticos e Universidade Paulista – UNIP e apoio do Jornal da Tarde.

Bioplan,
Braskem,
Bunge Fertilizantes - Adubos Manah,
CAVO – Companhia Auxiliar de Viação e Obras,
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental,
COSIPA – Companhia Siderúrgica Paulista,
CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos,
Credicard Citi,
CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista,
DT Engenharia, Eletropaulo,
EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia,
Johnson & Johnson Indústria e Comercio,
Jornal da Tarde,
Mantecorp – Indústria Química e Farmacêutica,
Mapfre Seguros, Natura Cosméticos,
Pazetto Events Consulting,
Pinheiro Neto Advogados,
Rádio Eldorado,
Rede Globo,
Suzano Papel e Celulose S.A. e
Tok & Stok.

Em outras fases do Pomar Urbano, ao longo do últimos oito anos, participaram ainda: Deutsche Bank,
Fibra,
Microsoft Informática,
Preservam e
Sansuy.

Quais são os objetivos do Pomar Urbano?

Objetivos

O Pomar Urbano, criado como Projeto Pomar, em 1999, tem como objetivos a recuperação ambiental e a revegetação das margens do Rio Pinheiros, na Capital paulista, e o resgate da cidadania de trabalhadores desempregados, aos quais proporciona ocupação, renda e qualificação profissional, por meio do Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego – Frentes de Trabalho, criado pelo Governo do Estado.

Desde o início, o Pomar Urbano tem estimulado o processo de resgate da relação de respeito e estima que a população já teve em relação aos rios urbanos e de reinserção dos mesmos na paisagem da cidade. Ao longo dos últimos anos muito se tem falado sobre a reurbanização das áreas da cidade onde se localiza o Rio Pinheiros.

Algumas propostas são bastante abrangentes e, por vezes, parecem viáveis somente a longo prazo, pois apontam para verdadeiras revoluções urbanas, exigindo profundas alterações do sistema viário e remoção das linhas de transmissão de energia e utilização das águas e das margens para atividades de lazer, com a construção de marinas, espaços de uso público, restaurantes etc.

Ao propor o Pomar Urbano a Secretaria de Estado do Meio Ambiente optou por soluções compatíveis com a realidade existente, sendo passíveis de imediata implantação sem demandar grandes investimentos. Para viabilizar o projeto foi desenvolvida uma estratégia de execução envolvendo a participação do Poder Público, da iniciativa privada e da sociedade civil, mostrando, pelo sucesso alcançado, que um processo pode ser tão importante quanto o produto dele resultante.

As empresas que participam do projeto, demonstrando consciência ambiental e responsabilidade social, contribuem de forma efetiva para a recuperação de uma área degradada de grande significado para a cidade de São Paulo.

Por outro lado, ao associar o Pomar Urbano ao Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego – Frentes de Trabalho, desenvolvido pela Secretaria Estadual das Relações de Trabalho, foi possível alocar a mão-de-obra representada por trabalhadores desempregados, oferecendo-lhes, além de um salário e outros benefícios, também a oportunidade de se capacitarem como jardineiros, encanadores, pedreiros, padeiros e em outras profissões.

Até abril de 2008, quase 1.500 trabalhadores desempregados participaram do Pomar Urbano, abrindo-lhes a possibilidade de re-inclusão social e alterando significativamente suas perspectivas para o futuro.

Conheça o Pomar Urbano para salvar o Rio Pinheiros

Mas, existe muito mais coisa para se fazer!


www.ambiente.sp.gov.br/pomarurbano

http://www.criancaecologica.sp.gov.br/homePomarUrbano.php

http://www.riotiete.com.br/site/

Precisamos de apenas 1000 empresas ou ind.!

O que são R$ 84 milhões para salvar um rio?

Precisamos que 1000 indivíduos (empresas ou pessoas físicas que tem escritório ou apartamento nas margens) contribuam com R$ 8400,00, o que não é muito! E aqui por perto há empresas de porte, tais como Rede Globo, Odebrecht, shopping Eldorado, e muitas outras!

Quem pode nos ajudar nessa tarefa?

Creio que muito mais que isso vai para os bolsos da corrupção!

Mas, para falar a verdade, creiio que seja muito mais. Precisa cuidar dos esgotos de toda a cidade, praticamente, deve ser pelo menos uns bons bilhões de dólares, como foi o Tamisa e o Reno. Mas vale a pena, pois isso é vida, saúde para todos os habitantes da cidade de Sâo Paulo e de municípios vizinhos!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Vejam matéria sobre a ciclovia do Pinheiros

http://www.youtube.com/watch?v=UH8BIRhwwwY

Em 2007 limpeza do Rio Pinheiros foi orçada em R$ 84 milhões. E agora?

A limpeza do rio paulista deverá custar R$ 84 milhões

A artéria suja que corta São Paulo pode ser recuperada?
Da Redação - Revista da Semana - 03/09/2007

Um rio limpo, com águas claras e peixes. Assim será o rio Pinheiros, que corta São Paulo, segundo a promessa de Antônio Bolognese, diretor da Empresa Metropolitana de Águas e Energias, em entrevista ao SPTV, da TV Globo.

O processo para despoluir o rio - conhecido como flotação - está previsto para começar na sexta-feira, 31. Nos primeiros seis meses serão feitos testes em cinco quilômetros. Se o método der certo - como aconteceu com o Piscinão de Ramos, no Rio -, será aplicado no resto do braço fluvial.

Por meio da flotação, produtos químicos aglutinam a poluição no fundo do rio. Depois, pequenas bolhas de ar são injetadas, fazendo a sujeira, em forma de lodo, boiar. Os flocos são retirados com dragas - serão 350 toneladas por dia.

Se der certo, a água voltará a ser bombeada para a represa Billings para abastecer a população. O gasto previsto é de R$ 84 milhões. A flotação é comum em piscinas, mas nunca foi usada em larga escala. Alguns ambientalistas dizem que a água não ficará potável.

A recuperação remete a dois rios europeus renascidos com apoio da tecnologia, o Reno e o Tâmisa.

EXEMPLOS DE FORA
Reno - "A cloaca da Europa" começou ser limpa em 1989. Com as estações de tratamento de água, 63 espécies de peixes, das 64 que povoavam o rio, já voltaram, diz a agência Deutsche Welle.

Tâmisa - Em 1858, as sessões do Parlamento britânico foram suspensas pelo mau cheiro do rio. Com a captação de dejetos e as estações de tratamento, voltou a ter salmões, diz a BBC.

Quanta poluição para um pobre Rio!

Sabesp terá US$ 600 mi para despoluir o Tietê (07/06/2010)

A Sabesp (Companhia Brasileira de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) recebeu ontem autorização da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para buscar um empréstimo de US$ 600 milhões. O dinheiro será destinado à terceira etapa do projeto de despoluição do rio Tietê.

O novo financiamento será obtido junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Até agora, a empresa estadual já investiu cerca de R$ 3 bilhões na recuperação do rio.

De acordo com a Sabesp, o programa de despoluição , iniciado em 1992, já conseguiu levar a coleta de esgoto para toda a capital e 70% das residências já possuem o serviço de tratamento.

Relatórios divulgados pela empresa de saneamento mostram que entre os anos de 2008 e 2009 foram realizadas 64 mil novas ligações de esgoto. Esse incremento representa o tratamento de mais 25 bilhões de litros de dejetos jogados no Tietê. Agora, a empresa diz que já limpa 469 bilhões de litros.

Nas duas primeiras etapas do programa de despoluição, a ação da Sabesp ficou concentrada também na identificação dos grandes poluidores industriais.

Na época, foram identificadas 1.250 empresas, que eram responsáveis pelo despejo de 80% dos poluentes no Tietê.

Nessa terceira fase, a Sabesp promete ampliar o tratamento de esgoto residencial e regularizar ligações clandestinas.

Fonte: Metro

Quanta poluição! É as empresas que estão poluindo, nada será feito com elas, elas podem poluir quanto quiser, acabar com o rio e ninguem faz nada?

Billings está em fase de recuperação

Recuperação da represa Billings contará com investimento japonês
Postado em 22/10/2010 ás 11h42

A Sabesp assinou, na última quinta-feira (14), em Tóquio, Japão, um empréstimo de cerca de US$ 63 milhões com a Jica – Japan International Cooperation Agency (Agência de Cooperação Internacional do Japão) para o Programa Integrado de Melhoria Ambiental na Área de Manancial da Represa Billings, o Pró-Billings. Na mesma ocasião, foi negociada a liberação da segunda etapa do empréstimo da Jica para o Programa Onda Limpa da Região Metropolitana da Baixada Santista, no valor de US$ 200 milhões, e de verba para o Programa de Redução de Perdas da Sabesp, de cerca de US$ 366 milhões, com previsão de início em 2011.

O empréstimo para o Pró-Billings, de 6,2 bilhões de yenes, foi aprovado pelo Senado em agosto passado. O investimento japonês soma-se à contrapartida de igual valor da Sabesp. O programa prevê que, até 2015, todos os esgotos coletados na bacia da Billings, em São Bernardo, sejam encaminhados para a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ABC.

A iniciativa vai beneficiar diretamente 250 mil moradores do município. Indiretamente, as ações abrangem 5 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos com as águas do reservatório, já que impactam na melhoria da qualidade da água do manancial e de áreas degradadas. Serão construídos 100 km de rede coletora, 30 km de coletores-tronco e 72 estações elevatórias. As obras terão início em janeiro de 2011 e devem ser concluídas em 2015.

A Billings também vem sendo favorecida pelo programa Vida Nova - Recuperação de Mananciais. O projeto tem investimento de R$ 1,3 bilhão e irá beneficiar os principais mananciais da Grande São Paulo. As ações se concentram no aumento da coleta de esgoto, urbanização de favelas e remoção de moradias em áreas de preservação permanente. O Governo do Estado também investe no Programa Mananciais Alto Tietê, um subprograma do Mananciais Vida Nova, que tem a represa Billings entre as áreas de intervenção. As ações previstas são estruturação e recuperação urbana, preservação e recuperação ambiental e saneamento ambiental – este último a cargo da Sabesp.

O Projeto Tietê também beneficia a represa Billings, com a entrada em operação do Sistema de Interceptação Pinheiros, que recolhe o esgoto da região dos mananciais e transporta até a ETE Barueri. Foram construídos 28 km de interceptores à margem do rio Pinheiros, 330 km de redes coletoras na Billings, 62 km de coletores-tronco (20 km na Billings e 42 km no rio Pinheiros) e duas novas estações elevatórias, além da ampliação da estação elevatória Pinheiros.

Especificamente na margem direita da Billings, a Sabesp entregou uma série de obras pela 2ª etapa do Projeto Tietê. Mais de 35 mil habitantes foram diretamente beneficiados com a inauguração de dez estações elevatórias de esgoto, implantação de 98 km de rede coletora e execução de mais de 7.100 ligações domiciliares, possibilitando que 83 litros de esgoto por segundo deixassem de ser despejados na represa. Já na primeira fase, a região havia sido favorecida com a construção de 226 km de redes coletoras.

Vamos ver se vai ser real, ou se alguem vai por a mão nesses valores! Vamos acompanhar de perto!

Billings está em fase de recuperação

Recuperação da represa Billings contará com investimento japonês
Postado em 22/10/2010 ás 11h42

A Sabesp assinou, na última quinta-feira (14), em Tóquio, Japão, um empréstimo de cerca de US$ 63 milhões com a Jica – Japan International Cooperation Agency (Agência de Cooperação Internacional do Japão) para o Programa Integrado de Melhoria Ambiental na Área de Manancial da Represa Billings, o Pró-Billings. Na mesma ocasião, foi negociada a liberação da segunda etapa do empréstimo da Jica para o Programa Onda Limpa da Região Metropolitana da Baixada Santista, no valor de US$ 200 milhões, e de verba para o Programa de Redução de Perdas da Sabesp, de cerca de US$ 366 milhões, com previsão de início em 2011.

O empréstimo para o Pró-Billings, de 6,2 bilhões de yenes, foi aprovado pelo Senado em agosto passado. O investimento japonês soma-se à contrapartida de igual valor da Sabesp. O programa prevê que, até 2015, todos os esgotos coletados na bacia da Billings, em São Bernardo, sejam encaminhados para a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ABC.

A iniciativa vai beneficiar diretamente 250 mil moradores do município. Indiretamente, as ações abrangem 5 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos com as águas do reservatório, já que impactam na melhoria da qualidade da água do manancial e de áreas degradadas. Serão construídos 100 km de rede coletora, 30 km de coletores-tronco e 72 estações elevatórias. As obras terão início em janeiro de 2011 e devem ser concluídas em 2015.

A Billings também vem sendo favorecida pelo programa Vida Nova - Recuperação de Mananciais. O projeto tem investimento de R$ 1,3 bilhão e irá beneficiar os principais mananciais da Grande São Paulo. As ações se concentram no aumento da coleta de esgoto, urbanização de favelas e remoção de moradias em áreas de preservação permanente. O Governo do Estado também investe no Programa Mananciais Alto Tietê, um subprograma do Mananciais Vida Nova, que tem a represa Billings entre as áreas de intervenção. As ações previstas são estruturação e recuperação urbana, preservação e recuperação ambiental e saneamento ambiental – este último a cargo da Sabesp.

O Projeto Tietê também beneficia a represa Billings, com a entrada em operação do Sistema de Interceptação Pinheiros, que recolhe o esgoto da região dos mananciais e transporta até a ETE Barueri. Foram construídos 28 km de interceptores à margem do rio Pinheiros, 330 km de redes coletoras na Billings, 62 km de coletores-tronco (20 km na Billings e 42 km no rio Pinheiros) e duas novas estações elevatórias, além da ampliação da estação elevatória Pinheiros.

Especificamente na margem direita da Billings, a Sabesp entregou uma série de obras pela 2ª etapa do Projeto Tietê. Mais de 35 mil habitantes foram diretamente beneficiados com a inauguração de dez estações elevatórias de esgoto, implantação de 98 km de rede coletora e execução de mais de 7.100 ligações domiciliares, possibilitando que 83 litros de esgoto por segundo deixassem de ser despejados na represa. Já na primeira fase, a região havia sido favorecida com a construção de 226 km de redes coletoras.

Vamos ver se vai ser real, ou se alguem vai por a mão nesses valores! Vamos acompanhar de perto!

Nossas represas pedem socorro!

Represas Billings e Guarapiranga sofrem contaminação por metais pesados, diz estudo
Postado em 04/10/2010 ás 10h47

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o fundo das Represas Billings e Guarapiranga está contaminado com metais pesados como chumbo, cobre, níquel e zinco. De acordo com os especialistas, esta contaminação compromete a qualidade da água e pode pôr em risco a saúde da população, já que as águas das duas represas abastecem boa parte da cidade de São Paulo. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nega a informação de risco à saúde e diz que monitora a concentração dos metais pesados presentes nos mananciais.

O estudo atribui a contaminação ao esgoto, que é despejado de forma irregular por casas. O ambientalista Silvano da Silva, no entanto, culpa as indústrias. De acordo com o ambientalista, que desenvolve um projeto na Guarapiranga, alumínio, chumbo e metais não são gerados por esgoto doméstico. Ele afirma que grande parte do esgoto coletado pela Sabesp não é tratado e questiona a diferença de esgoto clandestino e coletado, se ambos são jogados na represa sem nenhum tratamento.

Outro problema que vem assolando a Guarapiranga é a proliferação descontrolada das macrófitas (plantas aquáticas flutuantes) que causam mau cheiro, interferem na fauna local e tornam mais propícios os acidentes náuticos. A propagação dessas plantas se deve principalmente ao fato de esgotos in natura serem lançados na represa, o que remete à questão da ocupação irregular do entorno. A Billings, por exemplo, registra poluentes em nível cem vezes maior do que o permitido.

Em entrevista à rádio CBN um representante da EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.), o engenheiro Paulo Sérgio Silva, disse que essas macrófitas não têm efeito para a saúde, não oferecem risco, portanto não deve haver preocupações. Ele também isenta a sua empresa de responsabilidade, por cuidarem da geração de energia e não do abastecimento de água.

Em outra entrevista para a mesma rádio, a pesquisadora científica do Instituto de Botânica, Célia Leite Santana, diz que existem dois tipos de organismos aquáticos presentes: as macrófitas, que são visíveis, e as algas. Ela afirma que nenhum dos dois tipos é prejudicial à saúde, mas que a grande quantidade destes organismos representa desequilíbrio ecológico, sendo prejudicial para a própria água. Estes problemas encarecem o tratamento. Exemplo disso são entupimentos causados pelas algas e pela poluição e, também, o fato de algumas delas liberarem toxinas na água.

A pesquisadora explica que a poluição que chega à represa é a fonte de alimento para as macrófitas e que essa matéria orgânica é rica em nitrogênio e fósforo, é composta por dejetos humanos, ou seja, esgoto. Porém, quando as macrófitas morrerem toda a matéria orgânica voltará para a água, agravando ainda mais a contaminação e poluição.

As macrófitas ocorrem geralmente em áreas de várzea e, como são plantas aquáticas flutuantes, elas podem ser carregadas pelo vento. A pesquisadora explica que provavelmente pelo excesso de chuvas as plantas tenham sido arrancadas das áreas de alagamento e levadas para o corpo da represa. Segundo ela, a retirada do material deve ser feita o mais rápido possível, pois a vegetação já chegou a ocupar cinco quilômetros de extensão. Geralmente neste processo não se limpa totalmente a água. Uma pequena parte das algas deve permanecer nas áreas de várzeas, pois, ao se alimentarem, elas filtram o ambiente retirando o excesso de matéria orgânica.

Para Silvano elas são uma aliada. Ele coleta Pistia stratiotes e Salvinia auriculata, duas espécies de macrófitas, para adornar seu laguinho e diz ajudar no controle biológico da água. Os peixes que vivem ali passaram a se reproduzir, desde sua inserção, e a qualidade da água melhorou consideravelmente. Como o aumento exagerado da quantidade dessas plantas é ocasionado pela grande quantidade de dejetos jogados na represa, o ambientalista questiona se não seria mais prudente e até mais simples, controlar melhor o que vai parar na represa, do que gastar tanto tempo e dinheiro com o tratamento.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sem esgotos Rio Pinheiros teria apenas 20% do volume!

O Rio Pinheiros tem 26 km. Ele nasce na Represa Billings, na Zona Sul, com o nome de Jurubatuba. Na região de Santo Amaro, ele se encontra com o Rio Guarapiranga e, a partir daí, passa a ser chamado de Pinheiros, até desaguar no Tietê, na altura do Cebolão, na Zona Oeste de São Paulo.

Assim como o Tietê, o Pinheiros é considerado um rio de “classe 4”. Isso significa que a água é totalmente poluída, quase impossível de ser tratada. A quantidade de esgoto que ele recebe é o maior problema.

De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Pinheiros recebe esgoto dos prédios, das casas e também das indústrias. “Ainda vem através de córregos, de galerias e de ligações clandestinas em galerias”, diz Antônio César da Costa e Silva, diretor executivo da Sabesp.

Um detalhe interessante: se não fosse o esgoto, o rio seria mais parecido com um córrego, teria apenas 20% do volume de água. As consequências das intervenções sofridas pelo rio não param por aí. O traçado dele mudou e até o curso deixou de ser natural.

O rio que corria para o Tietê, passou a ir para a Represa Billings. A reversão foi para manter a represa cheia e aumentar a produção de energia na usina de Henri Bordem, na Baixada Santista. Essa foi uma idéia que deu certo, até que o rio ficasse poluído por causa do crescimento desordenado da cidade.

“A consequência disso é que a Represa Billings é hoje bastante poluída, e isso limita o uso dessa represa para o abastecimento público de água”, diz o ambientalista.

Atualmente, a reversão só pode ser feita em caso de enchente. E, assim, o Pinheiros, represado por três usinas - a do Cebolão, a de Traição e a de Pedreira -, se transformou em uma grande lagoa.


Despoluição

Uma das soluções para salvar o rio é tratar todo o esgoto que chega até ele. Outros projetos estão em teste. Um deles é o da flotação, que usa produtos químicos para limpar a água.

Mas a mais nova iniciativa para a limpeza do Rio Pinheiros é um barco batizado de “cata-lixo”. Um protótipo ainda está em fase de teste. O funcionamento é simples: com a ajuda de duas pás e uma esteira, que ficam na ponta da embarcação, o equipamento retira a sujeira que está na superfície, o chamado lixo flutuante. Dentro do barco, cabem seis toneladas de resíduos.

A população também precisa se conscientizar para garantir a “ressurreição” do Pinheiros. “O rio é um dos elementos mais poderosos para melhorar a convivência entre as pessoas e a convivência com os elementos naturais que existem nas cidades”, diz Nakano.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vamos salvar o rio Pinheiros? Let´s save the Pinheiros River

Agora com o poder das redes sociais, podemos ouzar mudar o mundo, melhorar ao nosso redor, então nada mais interessante que ajudar a despoluir o rio mais importante da nossa cidade - o Rio Pinheiros.

Entre e nos auxilie nessa batalha, precisamos de toda energia do mundo!

We have to do what ever is possible to save this important river! The governemment said it takes around US$ 100 billions, but maybe is less, and the important think, it is possible!

Let's do together!